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segunda-feira, 1 de abril de 2024

O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-012

 O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-012

Um percurso de 50 anos
25 de Abril-A concretização-I
Outro momento importante ocorre cerca das 5 horas, quando o Major Silva Pais, diretor-geral da PIDE-DGS informa Marcello Caetano do que se estaria a passar, pois até então este
desconhecia.
É aconselhado a dirigir-se para o Comando Geral da GNR, porque seria dos poucos sítios até ai não sitiados. Mas foi uma grande armadilha, pois ao saber-se da sua entrada no Largo do Carmo às 6 horas, Otelo Saraiva de Carvalho dá ordem a Salgueiro Maia para sitiar completamente o edifício a fim de evitar fugas pelas traseiras.
Amanhecia, uma multidão crescente que tinha acordado de um sono profundo, tinha começado a descobrir ao raiar do dia, valores tão importantes como democracia e liberdade.
António de Spínola é chamado para mediar a rendição de Marcello Caetano. Ás 19.30 sai do Quartel do Carmo o chaimite «Bula», que no interior leva Marcello Caetano, por entre umammultidão que celebra a liberdade com cravos vermelhos.
Abre-se aqui um parêntesis para explicar a simbologia do Cravo Vermelho. A Revolução de 25 de Abril de 1974 ficou ainda
apelidada por Revolução dos Cravos.
Com o amanhecer as pessoas começam a juntar-se nas
ruas, solidárias com os militares revoltosos, alguém (existem várias versões sobre quem terá sido), mas fala-se que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi
vista por um soldado que ao ser abordado por esta, com a oferta do cravo vermelho o coloca no sua espingarda, continuando a mesma a distribuir os cravos por outros soldados que
rapidamente repetiram o gesto do colega de armas, colocando-os nos canos das suas espingardas.
retirado de ct_toponimia_alcacovas_fundamentacao_ii.pdf
Entretanto
Na ràdio ouviam se canções que proibidas pela Ditadura , soltavam se agora aos ouvidos de quem ansiava pela liberdade
1969 - Luis Cilia - "Há-de haver"

O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-013

 O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-013

Um percurso de 50 anos
25 de Abril-A concretização-II
Às 19.50 é emitido o seguinte comunicado «O Posto de Comando do MFA informa que se concretizou a queda do Governo, tendo Sua Excelência o Professor Marcello Caetano apresentado a sua rendição incondicional a Sua Excelência o General António de Spínola»
Logo após as 20 horas é lido aos microfones do RCP a «Proclamação do MFA». Às 1.30 do dia 26 de Abril, aparecem na televisão as novas caras do poder – Junta de Salvação Nacional, que tem como Presidente o General António de Spínola, onde este lê uma proclamação ao País onde refere «… um Novo Regime,.. a Democracia,.. a Paz».
Filme 1 - Proclamação da Junta de Salvação Nacional

O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-014

 O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-014

Um percurso de 50 anos
25 de Abril-Ideologias-I
Dizer se que não havia partidos organizados em Abril de 1974,é não só uma grande mentira, como uma injustiça.Tal como agora a direita estava bem unida e aglutinada numa coisa chamada União Nacional.
A esquerda essa bem dividida, em parte devido ao conflito entre os comunistas chineses e a União Soviética que remontavam à época em que Mao Tse-tung tinha tomado o poder no Partido Comunista Chinês
Esse conflito ideológico teve repercussões em Portugal . motivando inúmeras rupturas com o PCP, e a formação de novas organizações de ideologia comunista, assentes nas teorias Maoístas,
Estas fundamentavam que o PCP deixara de promover a luta armada para conquistar o poder , revendo a teoria revolucionária de Lenine , tornando se uma superpotência igual aos EUA
Concluia-se então que era preciso refundar um Partido Comunista de combate
Conto isto só para situar a questão política em 1974, embora para além dessa questão ideológica, a verdade é que embora não sendo os únicos, de muito longe os portugueses têm uma dívida de gratidão que deve ser inesquecível para com aquele partido , na luta pela liberdade
Digo isto embora não me tenha situado nas fileiras desse partido ,acabei por me inscrever na onda da contestação, preferindo a OCMLP, (aliãs não preferi, fui cooptado) cujo grande ideólogo fora militante do PCP , Francisco Martins Rodrigues
A 3 de Janeiro de 1960, participou na célebre "Fuga de Peniche", juntamente com Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Francisco Miguel, Pedro Soares, Jaime Serra, Guilherme da Costa Carvalho, José Carlos, Rogério de Carvalho e Carlos Costa. Os chamados "Dez de Peniche" protagonizaram um episódio lendário na história da resistência antifascista portuguesa, que reforça o PCP na luta contra o salazarismo.
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